terça-feira, 31 de maio de 2011

"EU 2020 - a blueprint for Europe's long-term recovery?"

"07-06-2011, 13:30, Sala de Aulas 2"

"orador: Michael Kaeding - European Institute of Public Administration (EIPA)

Abstract: The argument will be as follows: if the internal market is to be deepened and reinforced, as recently argued by Mario Monti, the EU 2020 Strategy needs to differ from the Lisbon Strategy. Informed by the strengths and weaknesses of EU policy coordination under the Lisbon Strategy, this contribution draws some lessons and identifies design principles in order to increase the chances of success. In combination with the two newly created actors under the Lisbon Treaty, the High Representative of the Union for Foreign Affairs and Security Policy and the President of the European Council, the Lisbon Strategy design flaws of EU policy coordination are likely to be solved and will bring Europe closer to its long-term recovery."

in http://www.ics.ul.pt/instituto/?ln=p&mm=1&ctmid=3&mnid=1&linha=3&evid=218&mtype=2&fam=1

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sábado, 28 de maio de 2011

Conferência: 8/06/11 - ISCTE

Para mais informações:

http://www.aps.pt/index.php?pag=noticias&id=NOT4de0b455eb24f


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Regule-se o nuclear, não as bananas


26 maio 2011 Die Tageszeitung Berlim


"A União Europeia harmoniza a regulamentação de frutas e legumes, mas não a segurança nuclear. Após Fukushima, é aberrante que os Estados continuem a tomar esse tipo de decisões sozinhos, sem controlo nem transparência, defende um jornalista alemão.




Toda a banana vendida em território da União Europeia deve ter pelo menos 14 centímetros de comprimento e 27 milímetros de grossura. É o que consta na regulamentação europeia em matéria de padrões de qualidade para bananas. Em compensação, sobre as centrais nucleares em funcionamento na UE, não existe uma política de segurança comum. Cada país faz o que quiser, que o aparelho comunitário, geralmente obcecado com a uniformização – em muitos casos, com resultados cómicos –, de repente declara-se sem qualquer competência formal.


Não há nada mais absurdo. Se perdermos o controlo de um reator nuclear, não importa em que lugar esteja na Europa, porque todo o continente será afetado. Ora é precisamente neste domínio que os Estados-membros podem decidir, cada um por si, o que fazem e o que permitem. Esta conceção de União Europeia, que só estabelece normas em áreas desprovidas de importância, é insuportável. Sobretudo depois de Fukushima. De outro modo, a comunidade arrisca-se a transformar-se, a prazo, numa república das bananas.


E já que falamos de poder de decisão: também na cena política interna não sabemos muito bem – e desde há muito – quem dirige o nuclear alemão. Qual a autoridade do Governo federal em matéria de política energética? Ou melhor: até que ponto está já nas mãos dos grupos de pressão do nuclear?



Acabar para sempre com a era da insanidade nuclear

Recordemos que, numa reunião secreta realizada no ano passado, os patrões do setor ditaram ao Governo a inscrição legal do prolongamento do período de vida útil das centrais de energia nuclear. No rescaldo de Fukushima, Angela Merkel e companhia, visivelmente levados ao arrependimento pelas sondagens, quiseram evitar dar a impressão de estarem sob o domínio dos grupos de pressão e manifestaram a intenção de acelerar a saída do nuclear.


Mas ressurge hoje a terrível suspeita: eis que, subitamente, o imposto sobre o combustível nuclear, que acabava de ser aprovado, está prestes a desaparecer – o Governo amarelo e preto [democrata cristão – liberal] prepara-se, pois, para votar ao esquecimento o seu único avanço relevante no campo da política energética. Mais uma prova de incompetência.


Mais do que nunca, parece óbvio que a reformulação energética precisa hoje, acima de tudo, de pessoas que se empenhem ativamente em banir pura e simplesmente o nuclear, utilizando fontes de energia alternativas. Ontem, por exemplo, as instalações fotovoltaicas alemãs produziram 120 milhões de quilowatts/hora de energia solar – ou seja, a produção diária de quatro centrais nucleares. Criar precedentes concretos é hoje, sem dúvida, a melhor maneira de acabar de uma vez por todas com esta era de insanidade nuclear. Na Alemanha como na Europa."


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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Escócia, uma independência por inventar

25/05/11

EL PAÍS



Adeptos escoceses na final do campeonato da Europa de curling, em 2007, na Alemanha


"A recente vitória eleitoral dos nacionalistas recupera a ideia da independência da Escócia. Mas se olharmos para o exemplo da Catalunha e do País Basco, verificamos que estamos mais perto de uma Europa das confederações, diz El País.

Walter Oppenheimer
A inesperada e esmagadora vitória do Partido Nacional Escocês (SNP) nas eleições autonómicas da semana passada em que, contra todas as previsões, ganhou 69 dos 129 lugares em jogo, abriu a porta à realização de um referendo sobre a independência da Escócia. Considerada uma quimera, há 10 ou 15 anos, a possibilidade de independência começa a ser agora levada a sério, apesar das sondagens recentes revelarem o paradoxo de tal rutura ser mais desejada pelos ingleses do que pelos escoceses.

O sistema de auto governo da Escócia, a chamada devolução ou transferência de competências, foi posta em prática pelos trabalhistas, em 1997. Por trás dessa descentralização imperava a ideia de que quanto mais autonomia tivessem os escoceses, menos vontade de independência teriam os escoceses. Agora, são muitos os que acreditam que aconteceu exatamente o contrário. Outros dizem que só no final se verá.

A identidade nacional não está em causa
A vitória do SNP teve impacto em Espanha, pelo seu paralelismo com os desejos independentistas de parte das populações basca e catalã. Mas as diferenças são grandes. O Reino Unido começou a forjar-se há quatro séculos, com a subida ao trono de Inglaterra de Jaime IV da Escócia, e selou-se com a fusão voluntária dos dois parlamentos, um século depois, em 1707.

Contrariamente ao Reino Unido, Espanha não possui um mapa complexo de 17 regiões autónomas com diferentes graus de ambição de auto governo. Regressando ao caso escocês, é o pobre, não o rico, que se quer ir embora [ao contrário de Espanha, onde a Catalunha e o País Basco são as regiões mais ricas]. E a identidade nacional de escoceses e ingleses não está em causa.

De qualquer maneira, a possibilidade de Alex Salmond, o carismático líder independentista, convocar um referendo não provoca a mínima tormenta política no Reino Unido. “O SNP está a ser um pouco otimista ao pensar que pode ganhar um referendo sobre a independência”, diz o historiador Sebastian Balfour, professor emérito de Estudos Contemporâneos Espanhóis na London School of Economics. “O SNP sofreria gravemente as consequências de um resultado negativo porque a situação é muito curiosa e difere bastante da que existe em Espanha: há muito mais ingleses do que escoceses favoráveis à independência da Escócia e há menos ingleses contra do que escoceses. Do lado escocês há uma forte corrente que quer manter a união com Inglaterra. É como se os ingleses tivessem saltado de uma identidade nacionalista-imperialista para uma identidade pós-nacional, uma identidade cívica mais local, digamos, ou mais regional, e acho que é duvidoso que, neste momento, o SNP levante a questão do referendo. Outra coisa é, e penso que essa é a sua estratégia a longo prazo, demonstrar a capacidade de gerir os assuntos em defesa dos interesses da Escócia”.

A Escócia é mais escocesa do que a Catalunha é catalã
Como é que a esmagadora vitória do SNP pode afetar Espanha? “Até certo ponto pode reforçar o setor de opinião pró-independência, mas não acredito que vá ter um grande impacto”, defende Balfour. “Não acho que seja assim tão importante. Há grandes diferenças e, na verdade, a única coisa que faz com que a Escócia se assemelhe à Catalunha e ao País Basco é o facto de ter um partido nacionalista com maioria no Parlamento. Isso não é novo em Espanha”.

A Escócia é nacionalista “no sentido em que as pessoas se sentem, acima de tudo, imensamente escocesas; mas também são britânicas”, concorda David McCrone, vice-diretor do Instituto de Governação da Universidade de Edimburgo. “Na Catalunha, essa questão tem uma escala de cinco pontos: ser catalão, mas não ser espanhol; ser mais catalão do que espanhol; ser tão catalão como espanhol; ser mais espanhol do que catalão; ser espanhol, mas não catalão. Nesse sentido, a Escócia é muito mais escocesa do que a Catalunha é catalã. Isto tem muito a ver com a imigração vinda das outras regiões de Espanha. E talvez, também, com a questão linguística".

No caso da escócia, a língua não é um problema. “A língua foi eliminada como uma portagem que as pessoas tiveram de pagar para serem escocesas”, explica. “Ser escocês é uma questão territorial, não é uma questão linguística ou étnica. E isso torna mais fácil a alguém que vá para a Escócia sentir-se escocês. A língua não se converte numa razão de ser, num elemento essencial da identificação nacional ou numa forma de expressar as diferenças, como acontece com a religião ou como sucede com a língua, no Quebeque”. Ou em Gales, onde o nacionalismo é mais débil do que na Escócia, mas cerca de um em cada quatro gauleses fala galês.

Uma questão de soberania partilhada
Isto faz com que o debate sobre a independência tenha na Escócia um tom mais pragmático do que as discussões em torno da mesma ideia no País Basco ou na Catalunha. Na opinião de McCrone, o que verdadeiramente palpita por trás da vitória do SNP não é tanto o independentismo face ao unionismo, mas sim o grau de auto governo que os escoceses querem. “Nos últimos 20 anos, alguns de nós centrámo-nos menos em distinguir entre independência e autonomia e mais a estudar a questão de como evolui o auto governo. Na verdade, o debate coloca-se no quanto de auto governo e no como conseguir um maior auto governo.”

McCrone ri-se do simplismo com que se analisa em Londres a questão escocesa. “A visão metropolitana tende a ter dois pontos de vista: que a Escócia nunca será independente ou que a independência é viável. Creio que é muito mais complicado do que isso. Vivemos num mundo em que o significado da independência é problemático. Na realidade, estamos a falar de graus de auto governo. Se, por independência, se entende o clássico Estado independente do século XIX, com exércitos e fronteiras e todas essas coisas, claro que não. Esse não é o mundo em que vivemos.”

“Vivemos num mundo em que o auto governo se partilha em diferentes níveis”, explica. “Tanto o Estado espanhol como o britânico são membros da União Europeia. E a UE tem poder. Não é uma questão de soberania absoluta, mas de soberania partilhada.”

“Penso que o Reino Unido vai continuar numa rota confederal”, continua David McCrone. “Por outras palavras, no futuro, quando tiver que acontecer, haverá graus mais altos de auto governo. Tal como acontece, por razões muito diferentes e noutro contexto, na Bélgica. A devolução de poderes na Flandres e na Valónia é considerável. Estamos a caminhar para um mundo confederal. E não para um mundo de Estados absolutamente independentes. Um mundo em que a Escócia, a Catalunha e também o País Basco irão mais longe no auto governo. As coisas mudam. E os comportamentos dos governos centrais são cruciais. Os conservadores aprenderam várias lições neste aspeto. Já não são tão agressivos nem tão estúpidos como eram, quando estavam no poder. Veremos se se mantêm assim”.

Chegaremos a ver o Reino Desunido da Grã-Bretanha? Como diz Alex Salmond: “Diziam que não voltaria a haver um Parlamento escocês, e há. Diziam que nunca ganharíamos as eleições, e ganhámo-las em 2007. Que nunca teríamos a maioria absoluta, e temo-la. Agora dizem que nunca ganharemos um referendo para a independência.” Quem sabe!"


"Economia
O petróleo não garante a independência
Segundo o Neue Zürcher Zeitung, "a independência da Escócia não é razoável de um ponto de vista económico", mesmo que o país disponha "de outros bens para além do petróleo, do whisky e da gaita-de-foles". Com 15 mil 453 milhões de libras (17 mil 811 milhões de euros) geradas em 2007, a energia mantém-se a principal fonte de receitas, adianta o diário suíço. As oscilações de preços e a diminuição das reservas de petróleo, porém, levam a que a criação de um orçamento estável a médio prazo "represente um verdadeiro desafio para a Escócia". A energia eólica, capaz de moderar estas perdas, é uma realidade "em pleno desenvolvimento mas, neste momento, continua a ser uma operação inútil". As Finanças, outro pilar da economia escocesa, são igualmente instáveis em tempos de crise, revela o NZZ. O Royal Bank of Scotland e o HBOS tiveram de ser resgatados pelos contribuintes britânicos. "O sonho de independência dos escoceses levá-los-ia assim a uma realidade brutal. Em contrapartida, uma maior autonomia financeira poderia dinamizar a economia do país", conclui o jornal."

in http://www.presseurop.eu/pt/content/article/675421-escocia-uma-independencia-por-inventar

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Marshall, Delors, Strauss-Kahn e Merkel

25/05/11
por Pedro Lains

"Em 1970, a CEE assinou um tratado de comércio com a Espanha e, em 1972, fez o mesmo com Portugal.
Isso apesar de as opiniões públicas europeias serem contra acordos com ditaduras, e apesar dos protestos de deputados do Parlamento Europeu, então ainda mais fracos do que hoje. Porquê? Simples, porque a França assim o quis. Em 1986, depois de longos anos de negociação, que tudo tiveram que ver com a crise de crescimento que grassava desde 1973 e que só seria resolvida por volta de 1984, Espanha e Portugal entraram nas Comunidades. E os fundos estruturais foram reforçados. Porquê? Simples, porque a França assim o quis. Mais tarde, ainda vieram mais reforços dos fundos, que ficaram conhecidos como os Pacotes Delors I e II, o presidente da Comissão Europeia francês mais amigo da coesão e da integração europeia.

Em todos estes episódios, a Alemanha, à esquerda e à direita, era uma apoiante incondicional, dado que toda a sua atenção estava virada para esse mesmo ocidente.

Tanto amor há tanto tempo da França pela Península Ibérica deve-se a quê? Aí a resposta é mais complexa, mas passa seguramente pela defesa do próprio interesse francês. Afinal, Espanha, assim como Portugal, estão próximos e fazem parte da sua área de influência, política e económica. São a extensão natural das fronteiras do país.

Do mesmo modo que a partir de 1989 a Polónia e a República Checa, entre outros, passaram a chamar a atenção da Alemanha.

Tudo o que se passa na União Europeia, passa-se em defesa dos interesses nacionais dos Estados membros e a atenção francesa pela Ibéria ou a alemã pela Europa Central não são mais do que a manifestação da defesa desses interesses.

A União Europeia está dividida, como já esteve em outras ocasiões, mas agora de outra maneira. E está dividida numa altura, também como em outras, em que é preciso tomar medidas fortes para combater uma crise que ainda não tem fim à vista.

A crise da periferia do euro é isso mesmo, uma crise na periferia. Por isso tem sido uma mola menor de mudança institucional, dentro da União. Crises semelhantes, entre cigarras e formigas, aconteceram no passado só que então os protagonistas eram grandes, a França e a Alemanha. Levaram tempo a resolver, mas foram resolvidas. Através, precisamente, da criação do instrumento que agora está a causar problemas, o euro. Recorde-se que a moeda única foi criada para acabar com as desvalorizações competitivas dos governos franceses, que em muito afectavam a economia alemã e outras a norte.

A fraca reacção institucional europeia abriu caminho para a entrada em acção de uma outra instituição, o FMI. De certa forma, isso é uma ironia do destino.

O FMI é filho, todos sabemos, de Bretton Woods, esse acordo para manter taxas mais ou menos fixas. Na altura já se sabia - e quem não o sabia tinha ainda Keynes, um dos negociadores, para lho lembrar - que não pode haver câmbios fixos e alguma liberdade de capitais sem um mecanismo de compensação de desequilíbrios de pagamentos externos. Em 1999, o euro foi criado sem um mecanismo semelhante, para evitar custos políticos impossíveis de ultrapassar.

Entre 1944 e 1950, com Bretton Woods, o FMI, o plano Marshall, a OECE e o União Europeia de Pagamentos, os Estados Unidos, também por interesse próprio, salvaram o mundo e, acima de tudo, obrigaram a Europa a entender-se e a não repetir os erros de Versalhes. Agora, o FMI, até recentemente com um europeu socialista francês à frente, Strauss-Kahn, está outra vez a socorrer a Europa, embora num plano diferente.

Parece que a Europa precisa outra vez da América ou, pelo menos, das instituições que ela inventou, para se pôr de novo nos eixos, numa altura em que está sem força política.

Para que este regresso à História continue, é bom que vá para o FMI alguém parecido com Strauss-Kahn. Christine Lagarde seria uma boa escolha.

E há uma segunda ironia do destino em tudo isto. É que Bretton Woods e o FMI tiveram a companhia do Plano Marshall, essa grande iniciativa destinada a ajudar o país que agora está renitente em contribuir para ajudar a ultrapassar a actual crise.

Bem sei que não se pode ajudar quem não promete remediar-se. Mas o problema é que mesmo as promessas da periferia nos últimos tempos não têm mudado a atitude do Governo alemão ou do seu eleitorado.

A questão está em conseguir convencer o eleitorado alemão de que é no interesse deles ajudar. Para isso falta agora um grane político europeu, chapéu que Merkel podia um dia experimentar."

in
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=486651

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O presidente do pacífico de passagem pela Europa

25/05/11
por João Carlos Barradas

"A intervenção militar na Líbia liderada por franceses e britânicos entra no seu terceiro mês sem solução política à vista e ameaça envolver os Estados Unidos num atoleiro que Barack Obama tentou evitar.
Os aliados europeus de Washington estão em risco de a curto prazo cederem à tentação de mobilizar forças terrestres para tentarem fazer pender a relação de forças contra Gadaffi numa guerra civil que se arrasta.

O coronel tem-se mostrado capaz de manter o controlo sobre os principais centros urbanos das regiões ocidentais e do sul da Líbia apesar do isolamento internacional de Tripoli.

As acções militares dos países da NATO ultrapassam os termos da mera protecção de civis salvaguardada por decisão do Conselho de Segurança da ONU e colocam Londres, Paris, Roma e Washington em rota de colisão com grande número de estados árabes e potências como a China, Índia, Rússia, Brasil ou África do Sul.

Os Estados Unidos, após assumirem o comando e coordenação militares na fase inicial dos ataques aéreos e navais, tinham descartado a participação em força na ofensiva contra Gadaffi por considerarem a Líbia um país não-estratégico para os seus interesses.

Descoordenação e divergências políticas, insuficiências militares dos aliados europeus, acabaram por constranger os Estados Unidos a prosseguirem uma participação directa nos ataques e a darem cobertura a uma dúbia coligação de opositores ao coronel.

A guerra civil líbia, que implicava sobretudo os interesses de aliados como a Itália, Espanha, a França ou a Turquia, revela um dos paradoxos maiores com que se confrontam os Estados Unidos: mesmo quando a Casa Branca pretende distanciar-se de certas crises regionais a rede de interesses e alianças internacionais acaba por arrastar Washington para intervenções indesejadas.

O arrimo dos aliados
Apesar de todos estes embaraços os Estados Unidos precisam dos aliados europeus para financiar, sustentar politicamente e apoiar militarmente a estratégia definida para o norte de África e o Médio Oriente e reiterada a semana passada por Obama.

A retórica de apoio à Tunísia e ao Egipto, as denúncias das violências na Líbia, Síria e no Iémen, os silêncios sobre a repressão dos xiitas no Bahrein, omissões quanto à democratização em países como Marrocos, Arábia Saudita ou Jordânia, definiram o quadro estratégico traçado por Obama e em todos os casos será conveniente a Washington contar com a NATO e a União Europeia.

O impasse no conflito israelo-palestiniano, contudo, poderá a curto prazo saldar-se por uma divergência diplomática séria se a Turquia e alguns estados da UE apoiarem em Setembro uma declaração unilateral de independência palestiniana, mas as consequências no terreno serão diminutas.

A administração democrata nunca retirará o sustento financeiro e militar a Israel por mais que condene as expansão de colonatos na Cisjordânia e, em último recurso, tal como os aliados da NATO e da UE, encontrará na campanha para contenção do programa militar nuclear do Irão fundamento suficiente para evitar o isolamento diplomático de Telavive.

A questão iraniana condiciona, também, as relações com os países bálticos, do leste europeu e a Turquia na medida em que Washington e a NATO ainda não acordaram com Moscovo os termos de uma eventual parceria para um sistema de defesa anti-mísseis justificado em última análise pela alegada ameaça de Teerão.

Perdidos no Hindu Kush
A ressaca de uma guerra sem norte na Mesopotâmia em que o Irão surge como beneficiário claro deixou os europeus com escassa influência quanto à planeada retirada parcial dos militares norte-americanos do Iraque, mas já no Afeganistão os Estados Unidos necessitam de todo o arrimo possível.

As negociações em curso com os taliban dificilmente levarão os insurrectos a participarem em Dezembro na Conferência de Bona que assinalará o décimo aniversário do estabelecimento do governo interino do Afeganistão e a via negocial mostra-se incapaz de pôr termo à guerra.
Na impossibilidade de vitória militar é aventada como justificação para retirada progressiva o argumento de que irão desaparecer bases permanentes no Afeganistão de organizações terroristas capazes de representarem um perigo regional ou internacional.

O abandono do teatro de guerra afegão terá bom acolhimento nas opiniões públicas ocidentais, mas é uma solução de recurso ilusória, se a neutralização do Afeganistão - independentemente do regime político em Cabul ou das partilhas de poder no país a que ocidentais, russos e iranianos se acomodem - não for feita em termos que não antagonizem o Paquistão, nem sejam vistas pela Índia como uma ameaça.

Projecção incomparável
Todas estas questões que Obama aborda na presente digressão europeia são reveladoras de algumas características das relações dos Estados Unidos com os seus principais parceiros do velho continente e que ultrapassam em muito as dimensões económicas e financeiras.

A NATO, a presença do Reino Unido e da França no Conselho de Segurança, as estruturas políticas da UE, representam, apesar das crescentes limitações na projecção de poder dos europeus, o mais sólido apoio de última instância dos Estados Unidos.

O suporte que os europeus oferecem não se estende além de zonas tradicionais de influência em África, detém-se nos contrafortes do Cáucaso, mas contem a Rússia, e do Médio Oriente chega a adiantar-se pela Ásia Central graças à cada vez mais relevante contribuição turca.
Além do peso económico e cultural da Europa, os legados coloniais propiciam uma desproporcionada influência global que não tem paralelo em potências de outros continentes.

Obama autoproclamou-se em Tóquio, em Novembro de 2009 ainda nem completara um ano de mandato, "o primeiro presidente americano do Pacífico".

O "presidente do Pacífico", pelo simbolismo de uma infância no Hawai e na Indonésia, tem necessariamente de reequilibrar a estratégia de Washington para tentar acomodar os interesses das potências emergentes, sobretudo a China e a Índia.

Na Europa, muito em especial nos países com mais antigas relações históricas com os Estados Unidos, Washington continua, no entanto, a encontrar um núcleo de apoio político e com uma influência global sem paralelo."

in
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=486653

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Conferência Portugal, Que Futuro? - Uma Visão Prospectiva da Sociedade Portuguesa.



"O actual contexto económico português coloca exigentes desafios à sociedade e, em particular, às empresas e ao sistema bancário. Neste âmbito, o Jornal de Negócios organiza este encontro executivo com o objectivo debater e analisar os temas-chave da actualidade, em particular os seguintes:


- O impacto do plano de ajuda na definição da política macroeconómica portuguesa

- As consequências no tecido empresarial e na banca

- Os desafios que se colocam a Portugal na consolidação do défice e no relançamento da economia"

in https://www.eiseverywhere.com/ehome/24346/36350/?&

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Ciclo Internacional de Conferências Doutorais



Para mais informações:

http://www.iscte-iul.pt/home/noticias.aspx?NewsID=e13563dd-b6f0-48dd-aecd-cb8075e03e2d

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Ciclo Internacional de Conferências Doutorais



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People Over the Sea: Nordic and Scottish Perspectives


"The North Sea and North Atlantic have historically provided a natural conduit linking the British Isles with the Nordic countries. Early Norse and Viking colonisations and settlements have made a lasting impression on life both in Scotland and in Britain as a whole, evidence of which can be found in place names, language and other aspects of cultural heritage, and even in genes. Over the centuries, numerous political alliances, intrigues and annexations have been conducted through journeys across the sea between Scotland, Norway and Denmark, as well as further afield. Scottish and Nordic sailors and fishermen have encountered one another – sometimes peacefully but at other times quite violently – in their exploitation of the sea as both a transport route and the provider of marine resources. In more recent times, exploitation has penetrated beneath the seabed, which is now dotted with British, Norwegian and Danish oil platforms, while the cities of Aberdeen, Stavanger, and Esbjerg comprise the North Sea ‘triangle’. It is above all their history of seafaring that Scotland and the Nordic countries have in common.

The sea is thus a most appropriate topic for an anthropological symposium held at St Andrews, where the university, one of the oldest in the world, has been looking over the sea in the direction of the Nordic countries for six centuries. The symposium will focus on the overall topic of the sea and the people surrounding it. Presentations will be oriented around the following sub-themes:

■The wealth of oceans: social and ecological relations of marine resource extraction;
■Lines of seafaring: place, memory and navigation;
■From coast to coast: how the sea joins the land;
■Stories aboard: narrative, song and dance on deck and on land;
■Water crafts: the skills of boat-building, mending and sailing;
■The social life of fluid space.
Although there will be a strong regional emphasis on Scotland and the Nordic countries, this does not exclude anthropological research from other parts of the world, especially when carried out by Scottish and/or Nordic scholars."

in http://www.st-andrews.ac.uk/philosophy/anthropology/nafa/nafa/conference/

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Sérvia aproxima-se da UE com a detenção do general Mladic

por Diogo Pombo
26 de Maio, 2011


Uma mulher passa diante de uma pintura do General Ratko Mladic nas ruas de Belgrado, capital sérvia ©AP

"A detenção do criminoso de guerra Ratko Mladic representa, aos olhos da União Europeia, uma prova de vontade da Sérvia em pertencer à comunidade. Assim o crê Jerzy Buzek, presidente do parlamento europeu, numa opinião partilhada pela própria NATO.
A notícia da detenção de Ratko Mladic, general responsável pela morte de cerca de milhares de sérvios de origem muçulmana, foi bem acolhida entre as hostes dos principais organismos europeus, escreve esta quinta-feira o diário El País.

«[A detenção de Mladic] é um passo importante para uma Europa completa, livre e em paz», vincou o secretário geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, que classifica a detenção como «uma oportunidade para que se faça justiça» ao homem «desempenhou um papel crucial em alguns dos momentos mais negros da história dos Balcãs e da Europa».

Para o presidente do Parlamento Europeu a detenção do antigo general «é uma boa notícia para a Sérvia e para a estabilidade da região». Jerzy Buzek destacou que o feito «dá um novo ímpeto ao processo de adesão da Sérvia à UE», pois a detenção tratou-se «de uma prova convincente dos esforços» do país.

O líder do Parlamento Europeu sublinhou ainda a cooperação que, aponta, a Sérvia está a reforçar com o Tribunal Penal Internacional para a Antiga Jugoslávia, que «poderá avançar o seu caminho até à União Europeia».

O rasto deixado por um general

O general Ratko Mladic foi responsável pela morte de milhares de sérvios de origem muçulmana durante a Guerra dos Balcãs decorrida na década de 90.

Em 1995, o general foi acusado, conta a CNN, de crimes de guerra e contra a humanidade pelo Tribunal Internacional Criminal da ONU. A partir dessa data, o nome de Mladic passou a constar em acusações de genocídio, assassínio e actos desumanos, entre outros crimes.

O acto pelo qual é mais denunciado pela comunidade internacional será, porventura, o massacre que terá liderado, em 1995, ao enclave de Srebrenica, onde terão sido mortos perto de 8 mil sérvios de origem muçulmana.

O general sérvio de origem bósnia defenfia a limpeza étnica da região, e, a par do ataque a Srebrenica, terá igualmente dirigido o cerco à cidade de Sarajevo - actual capital da Bósnia Herezgovina -, que durou dois anos e causou a morte a milhares de pessoas."

In SOL

http://sol.sapo.pt/inicio/Internacional/Interior.aspx?content_id=20201

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III Seminário de Verão - Debater a Europa

"Pensar e construir a Europa nos séculos XX e XXI


20 e 21 de Junho de 2011, Auditório Eng. Victor Matos, Escola Profissional de Aveiro

O Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD) e o Centro de Informação Europe Direct de Aveiro (CIEDAveiro), em parceria com o Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal, a Representação da Comissão Europeia em Portugal e o Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra (CEIS20), promovem e participam no III Seminário de Verão sobre Estudos Europeus, intitulado «Debater a Europa: Pensar e construir a Europa dos séculos XX e XXI». A realização deste evento terá lugar nos dias 20 e 21 de Junho de 2011, no Auditório Eng. Victor Matos, na Escola Profissional de Aveiro.

Comissão Científica


•Manuel Lopes Porto
•Maria Manuela Tavares Ribeiro
•Isabel Maria Freitas Valente
•Filomena António

Oradores


•Adriano Moreira
•Carlos Amaral
•Clotilde Camara Pestana
•Fátima Nunes
•Fausto de Quadros
•Fernanda Rollo
•Isabel Maria Freitas Valente
•Luís Andrade
•Margarida Marques
•Maria Manuela Tavares Ribeiro
•Medeiros Ferreira
•Nuno Severiano Teixeira
•Paulo Sande"

in http://www.eurocid.pt/pls/wsd/wsdwcot0.detalhe?p_cot_id=7078&p_est_id=14295

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Conclusões do XXIV Congresso FIDE

"Colóquio

8 de Junho de 2011, 17h - 19h, CIEJD, Palacete do Relógio, Cais do Sodré

O Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD) acolhe nas suas instalações a realização do Colóquio «As Conclusões do XXIV Congresso FIDE», numa organização conjunta do CIEJD e da APDE - Associação Portuguesa de Direito Europeu.

Este evento terá lugar no dia 8 de Junho de 2011, pelas 17h, e decorrerá nas instalações do CIEJD, no Palacete do Relógio, ao Cais do Sodré."

in http://www.eurocid.pt/pls/wsd/wsdwcot0.detalhe?p_cot_id=7080&p_est_id=14300

Para mais informações:

http://www.fide2010.eu/

http://www.apde.org.pt/

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Dia Europeu dos Vizinhos - 2011

"Comemoração

27 de Maio de 2011, 16h - 18h, Palacete do Relógio, Cais do Sodré

O Centro de Informação Europeia Jacques Delors associa-se à Agência Europeia de Segurança Marítima (AESM) e ao Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT) para a comemoração do Dia Europeu dos Vizinhos (European Neighbours' Day), que terá lugar no dia 28 de Maio de 2011, pelas 16 horas, na cantina do Palacete do Relógio.

A nossa comemoração deste dia teve lugar, pela primeira vez, em 2010. Este ano, o convite foi alargado a outras empresas e entidades vizinhas.

A ideia de promover uma festa para aproximar e mobilizar as pessoas contra o isolamento nasceu em 1990, através de um grupo de amigos que criou a associação «Amigos de Paris» (Paris d'amis). O sucesso da iniciativa foi notório, e a sua internacionalização deu-se a partir de 2003. Desde então, todos os anos mais cidades e países têm vindo a aderir a este evento. Esta iniciativa tem lugar na última semana do mês de maio e visa combater a apatia e fomentar o convívio entre pessoas que vivem ou trabalham na mesma zona. É uma grande oportunidade para os cidadãos se mobilizarem, criando um espaço de encontro e de socialização. Conhecer os vizinhos ajuda à coesão social, a uma melhor vida em conjunto e cria novos laços de solidariedade entre as pessoas."

in http://www.eurocid.pt/pls/wsd/wsdwcot0.detalhe?p_cot_id=7064&p_est_id=14262

Para mais informações:
http://www.european-neighbours-day.com/

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Retratos Europeus



"Inauguração da Exposição de Pintura
18 Maio 2011 – 17h30
Palacete do Relógio – Cais do Sodré

O Centro de Informação Europeia Jacques Delors tem a honra de convidar Vª Exa para a inauguração da exposição de pintura “Retratos Europeus” sobre os onze Presidentes da Comissão Europeia, de autoria de João Costa Ferreira.

Esta exposição, que se insere nas celebrações do dia da Europa, será inaugurada por S.Exa o Secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Pedro Lourtie.

Será servido um Porto de Honra A exposição estará patente ao público até 17 de Junho e pode ser visitada entre as 10h e as 18h."

in http://ftp.infoeuropa.eurocid.pt/web/documentos/pt/2011/20110518_convite_retratos_europeus.pdf

Para mais informações:
http://www.eurocid.pt/pls/wsd/wsdwcot0.detalhe?p_sub=7&p_cot_id=7039&p_est_id=14213

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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Catholicism and Political Boundaries State and Church in Spain and Poland in the XX and XXII Centuries



Para mais informações:

http://www.ics.ul.pt/instituto/?ln=p&mm=1&ctmid=1&mnid=1&doc=&linha=1&ev2id=849&mtype=

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"Juventude, Escola e Modernidade"



"Nas sociedades contemporâneas, a escola assume um lugar central nos processos e dinâmicas sociais aí presentes. Nela se cruzam boa parte das questões que interpelam a modernidade – das desigualdades sociais às questões de género, da democracia às questões da cidadania, da integração à exclusão social, da constituição de afinidade electivas e de grupos à construção social de identidades.


Justamente, pelo seu carácter obrigatório e universal junto dos mais novos, a escola contribuiu activamente para a emergência, consolidação e prolongamento da «juventude» como fase de vida e condição social. Hoje, porém, a aprendizagem deixou de ser um exclusivo desta fase de vida, ao mesmo tempo que a condição juvenil não se esgota no estatuto de aluno. Ser jovem, actualmente, é um tempo da vida cada vez mais indeterminado e plural, que vai muito além do espaço educativo. Na escola ou fora dela, o universo juvenil afirma-se activamente e refracta-se numa pluralidade de experiências, culturas e transições, protagonizadas em diferentes colectivos.


Os seminários "Juventude, escola e modernidade" visam assim estimular a discussão sobre a actual complexidade e pluralidade dos mundos juvenis, promovendo o encontro de diferentes abordagens (disciplinares, metodológicas, temáticas) que contribuam para um entendimento alargado e enriquecido acerca dos processos educativos e de transição juvenis."


in
http://www.opj.ics.ul.pt/index.php/seminarios-juventude-escola-e-modernidade

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"Jovens e Rumos"



Para mais informações:

http://www.ics.ul.pt/instituto/?ln=p&mm=1&ctmid=1&mnid=1&doc=&linha=1&ev2id=845&mtype=

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AmbientALL




"O AmbientALL, trata-se de um grande evento, no âmbito do projecto Universidade Verde, a ser realizado no dia 25 de Maio na Alameda da Cidade Universitária em que, o principal objectivo é sensibilizar a comunidade académica e a sociedade civil para as questões relacionadas com o ambiente, assumindo a importância da Universidade enquanto orientadora de boas práticas, com vista a uma sociedade mais sustentável."

in http://universidadeverde.campus.ul.pt/ambientall

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terça-feira, 24 de maio de 2011

OS MERCADOS FINANCEIROS, A CRISE FINANCEIRA E A BANCA COOPERATIVA NA EUROPA




"Conferência 'Os mercados financeiros, a crise financeira e a banca cooperativa na Europa', promovida pelo Crédito Agrícola, com a presença do Governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, no Centro Cultural de Belém, a partir das 1500 horas locais."

in http://www.cgd.pt/Mercados/Pages/Detalhe-Noticias-Nacionais.aspx?f=REU&i=1306132810nLDE74M08U&l=

NOTA: Peço desculpa pelo facto de a imagem (cartaz da conferência) não estar nas melhores condições mas foi recortada do Jornal de Negócias (24/05/11). Procurei o cartaz pela Internet mas não encontrei. Se alguém o vir, que nos envie. Trataremos de o substituir!

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Crise na União Europeia



"26-5-2011: 18:30
Auditório da Fundação Mário Soares, Rua de São Bento, 160 - 1200-821 Lisboa


A Fundação Mário Soares, a Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e a Fundação INATEL têm o prazer de convidar V.Exa. para a conferência "Crise na União Europeia", a proferir pelo Prof. Henry Sterdyniak, com comentário do Prof. José Almeida Serra."

in http://www.fmsoares.pt/iniciativas/iniciativa?id=000889

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Um empréstimo e uma oração

Jornal de Negócios

23 de Maio de 2011


"Os países conhecidos como PIIGS - Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha - estão sobrecarregados com crescentes níveis de um insustentável endividamento público e privado.
Alguns dos mais afectados - Portugal, Irlanda e Grécia - viram os seus custos com os empréstimos dispararem para máximos desde a entrada no Euro, há algumas semanas, mesmo depois de terem perdido o acesso a financiarem-se no mercado devido aos programas de resgate financiados pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional. Os juros dos empréstimos em Espanha também estão a subir.

A Grécia está claramente insolvente. Mesmo com um pacote de austeridade draconiano, que ascende a 10% do PIB, a sua dívida pública deverá subir para 160% do Produto Interno Bruto. Portugal - cujo crescimento tem estado estagnado há uma década - está a registar uma crise orçamental em câmara lenta que levará à insolvência do sector público. Na Irlanda e Espanha, a transferência das elevadas perdas do sistema bancário para o balanço do governo - além da dívida pública já em fase de escalada - acabará por conduzir a uma insolvência soberana.

A abordagem oficial, que é o Plano A, tem sido fingir que estas economias estão a passar por uma crise de liquidez, não por um problema de solvência, e que as provisões dos empréstimos dos resgates - de par com medidas de austeridade orçamental e com reformas estruturais - são capazes de restaurar a sustentabilidade da dívida e o acesso ao mercado. Esta abordagem "alarga e finge" ou "empresta e reza" está destinada a fracassar porque, infelizmente, a maioria das opções a que os países endividados recorreram no passado para se libertarem da dívida excessiva não são exequíveis.

A título de exemplo, a solução em tempos louvada de emitir dinheiro e escapar à dívida através da inflação é inviável para os PIIGS, porque estes foram apanhados na camisa de forças da Zona Euro. A única instituição que pode pôr em funcionamento a máquina de imprimir dinheiro - o Banco Central Europeu - nunca recorrerá à monetarização dos défices orçamentais.

Também não podemos esperar um rápido crescimento do PIB para salvar estes países. O encargo da dívida dos PIIGS é tão elevado que é quase impossível que consigam ter um sólido desempenho económico. Além disso, seja qual for o nível de crescimento económico que alguns destes países poderão acabar por apresentar, este dependerá da promulgação de reformas politicamente impopulares que só funcionarão no longo prazo - e à custa de dificuldades acrescidas no curto prazo.

Para restaurar o crescimento, estes países têm de voltar a ser competitivos, através de uma depreciação real da sua moeda, convertendo assim os défices comerciais em excedentes comerciais. Mas um euro em alta - impulsionado por um endurecimento monetário excessivamente precoce por parte do Banco Central Europeu - implica uma adicional apreciação real, o que mina ainda mais a competitividade.

A solução alemã para esta questão - manter o crescimento salarial abaixo do crescimento da produtividade, reduzindo assim os custos da mão-de-obra - demorou mais de uma década para ter resultados. Se os PIIGS começassem esse processo hoje, os benefícios demorariam muito tempo a surgir, no sentido de restaurarem a competitividade e o crescimento.

A última opção - deflação dos salários e preços - para se reduzirem custos, alcançar uma depreciação real e restabelecer a competitividade está associada a uma recessão cada vez mais profunda. A depreciação real, necessária para restaurar o equilíbrio da balança externa, fará subir ainda mais o valor real das dívidas em euros, tornando-as ainda mais insustentáveis.

Reduzir o consumo privado e público, de forma a impulsionar as poupanças privadas, bem como implementar medidas de austeridade orçamental para reduzir as dívidas pública e privada, também não são opções viáveis. O sector privado pode gastar menos e poupar mais, mas isso gerará um custo imediato, conhecido como paradoxo da frugalidade de Keynes: diminuição da produção económica e aumento da dívida em proporção do PIB. Estudos recentes realizados pelo Fundo Monetário Internacional e outros organismos demonstram que o aumento de impostos, corte dos subsídios e redução dos gastos governamentais - inclusivamente os gastos ineficientes - asfixiaria o crescimento no curto prazo, exacerbando o problema subjacente da dívida.

Se os PIIGS não conseguem livrar-se dos seus problemas através da inflação, desvalorização ou poupança, então o Plano A já está a falhar ou está condenado a fracassar. A única alternativa é passar rapidamente para o Plano B - uma reestruturação ordenada e uma redução das dívidas públicas destes países, famílias e bancos.

Isso pode ser feito de várias formas. Uma delas pode ser reescalonar as dívidas públicas dos PIIGS, sem se reduzir o montante que é devido. Isto significa alargar as maturidades das dívidas (sem tocar no capital original em dívida) e reduzir a taxa de juro das novas dívidas para níveis muito inferiores aos níveis actualmente insustentáveis dos mercados. Esta solução limitaria o risco de contágio e as potenciais perdas que as instituições financeiras teriam de suportar se o valor o valor da dívida principal fosse reduzido.

Os dirigentes políticos deveriam também ponderar as inovações que permitiram ajudar os países em desenvolvimento endividados nas décadas de 80 e 90. A título de exemplo, os detentores de obrigações poderiam ser incentivados a trocar as actuais obrigações por obrigações vinculadas ao PIB, que oferecem compensações associadas ao futuro crescimento económico. Com efeito, estes instrumentos transformam os credores em accionistas da economia de um país, dando-lhes o direito a receber uma parte dos seus futuros ganhos, ao mesmo tempo que se reduz temporalmente o seu encargo da dívida.

Outra forma de converter parte da dívida hipotecária em património accionista é reduzir o valor nominal das hipotecas e conferir os ganhos futuros - no caso de os preços das casas subirem no longo prazo - aos bancos credores. Também se poderia reduzir as obrigações bancárias e convertê-las em fundos próprios, o que evitaria a absorção dos bancos pelo Estado e evitaria que a socialização das perdas da banca provocasse uma crise da dívida soberana.

A Europa não pode dar-se ao luxo de continuar a injectar dinheiro para tentar resolver o problema e a rezar para que o crescimento e o tempo tragam a salvação. Ninguém descerá dos céus, deus ex machina, para resgatar o FMI ou a UE. Os credores e os detentores de obrigações que emprestaram o dinheiro devem suportar parte do encargo, a bem dos PIIGS, da UE e dos seus próprios resultados líquidos."

in http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=486137

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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Construção insustentável - "Solos europeus perdem anualmente para o betão e asfalto superfície do tamanho de Berlim"



23.05.2011
Helena Geraldes

"Todos os anos, os solos europeus perdem para o betão e asfalto uma superfície correspondendo ao tamanho da cidade de Berlim, uma tendência que a Comissão Europeia considera “insustentável”.

A expansão das cidades e das estradas – que impermeabiliza os solos - “compromete o legado de solos férteis e de aquíferos subterrâneos a deixar às gerações vindouras”, alerta hoje a Comissão Europeia em comunicado. De 1990 a 2000 perderam-se por dia na União Europeia 275 hectares de solos, o que representa mil quilómetros quadrados por ano. Metade desses solos está definitivamente impermeabilizada por edifícios, estradas e parques de estacionamento.

Esta tendência baixou para 252 hectares por dia nos últimos anos, segundo um relatório da Comissão apresentado hoje. Ainda assim, a taxa de perda de solos continua a ser preocupante. Entre 2000 e 2006, o aumento médio das superfícies artificiais na União Europeia foi de três por cento, tendo atingido 14 por cento na Irlanda e em Chipre e 15 por cento em Espanha.

Em Portugal, os autores do relatório sublinham que a expansão urbana massiva aconteceu, sobretudo a partir de 1990. O documento salienta a rede de estradas, “entre as mais densas da Europa, com o maior número de quilómetro por habitante e área”. As áreas mais afectadas pela impermeabilização ficam no litoral e nas regiões de Lisboa, Setúbal e Porto. No Algarve, o documento lembra que 30 por cento das habitações são casas de férias.

O relatório recomenda uma intervenção a três níveis: redução da impermeabilização do solo através de um melhor ordenamento, atenuação dos efeitos da impermeabilização – como por exemplo através da construção de coberturas verdes - e compensação da perda de solos de qualidade por acções noutras áreas.

“Dependemos dos solos para alguns serviços ecossistémicos fundamentais, sem os quais a vida na Terra desapareceria. Não podemos continuar a perder solos pavimentando-os ou construindo sobre eles. Tal não significa parar o crescimento económico ou deixar de melhorar as nossas infra-estruturas, mas exige maior sustentabilidade”, disse o comissário europeu para o Ambiente, Janez Potočnik.

Os resultados deste relatório serão incorporados num documento técnico da Comissão no domínio da impermeabilização do solo, que está a ser elaborado com a colaboração de peritos nacionais. O documento facultará às autoridades nacionais, regionais e locais orientações sobre boas práticas de redução da impermeabilização do solo e de atenuação dos seus efeitos, prevendo se que esteja concluído no início de 2012.

“A impermeabilização dos solos provoca a perda irreversível das funções biológicas do solo. Como a água não se pode infiltrar nem evaporar, aumenta a escorrência, originando por vezes inundações catastróficas. A paisagem fragmenta se e os habitats tornam-se demasiado pequenos ou demasiado isolados para sustentar determinadas espécies. Além disso, o potencial de produção alimentar das terras é perdido para sempre”, explica a Comissão. Segundo as estimativas do Centro Comum de Investigação da Comissão, a impermeabilização dos solos acarreta a perda anual de 4 milhões de toneladas de trigo."

In PÚBLICO

http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1495505

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INOV CONTACTO. ESTÁGIOS INTERNACIONAIS

"O Programa INOV Contacto - Estágios Internacionais para Jovens Quadros - é um projecto que visa apoiar a formação de jovens com qualificação superior em contexto internacional, bem como permitir a transmissão de informação entre os participantes no Programa através de uma rede informal de conhecimento e de uma crescente rede de contactos internacionais: a NetworkContacto.

É uma iniciativa promovida pelo Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento, apoiado pela União Europeia e pelo QREN/POPH e gerida pela aicep Portugal Global."

in http://www.portugalglobal.pt/PT/inovcontacto/Paginas/InovContacto.aspx

Para mais informações:

http://www.portugalglobal.pt/PT/InovContacto/Paginas/InovContactoEstagiarios.aspx

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I Ciclo de Conferências: Debate Eleitoral com Jovens Líderes Político-Partidários - Legislativas 2011



"Conferência 1 – Terça-feira, 24 de Maio (21h15) Debate Eleitoral com Jovens Líderes Político-Partidários - Legislativas 2011

Sinopse:

O país enfrenta momentos de adversidade. Dezoito anos depois da segunda “entrada” do Fundo Monetário Internacional no nosso país, Portugal volta a necessitar de recorrer a ajuda externa.

À crise financeira, alia-se uma crise política complexa. O Primeiro-Ministro do Governo socialista, José Sócrates, demitiu-se acusando a oposição de provocar estes acontecimentos. O Parlamento foi dissolvido pelo Presidente da República, convocando eleições legislativas antecipadas para 5 de Junho de 2011, mas será que as eleições resolvem o impasse?

No âmbito da sua postura sistematicamente cívica, a AEFCUP promove este debate com jovens líderes político-partidários, com o intuito de fomentar a discussão em torno do futuro do país e procura tentar saber de que forma as eleições podem ajudar a melhorar o “statu quo”.

Em período eleitoral, o debate promete ser “quente” e profícuo."

in http://aefcup.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=522:debate-eleitoral-com-jovens-lideres-politico-partidarios-legislativas-2011&catid=70:presidencia&Itemid=93

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CHRIS PATTEN: ARRÁBIDA MEETINGS


"26 Maio

DOES THE EUROPEAN UNION STILL MATTER ?
Conferência de abertura dos Arrábida Meetings

Conferencistas:

Lord Chris Patten, Chanceler da Universidade de Oxford

Shi Yinhong, Universidade Renmin, China



Museu do Oriente, Salão Macau

18.30

Entrada Livre



Does the European Union Still Matter? é o tema da conferência a duas vozes que Chris Patten, chanceler da Universidade de Oxford e chairman do BBC Trust, e Shi Yinhong, director dos Estudos Americanos da Universidade Renmin, em Beijing, vão proferir no Museu do Oriente. A conferência dá início à 16ª edição dos Arrábida Meetings, a decorrer de 26 a 28 de Maio, no Convento da Arrábida.

Este ano, a reunião dos Arrábida Meetings tem como tema geral a Europa e vai tratar da crise financeira europeia, das tendências nas relações da União Europeia com a Ásia e da resposta da Europa à “Primavera árabe”.



Os Arrábida Meetings são um fórum de personalidades que se reúnem, desde 1994, no Convento da Arrábida, para tratar questões de política internacional. Chris Patten é o Chairman dos Arrábida Meetings, que dirige em conjunto com Carlos Monjardino, presidente do Conselho de Administração da Fundação Oriente, e o Embaixador José Cutileiro, conselheiro do presidente da Comissão Europeia e antigo secretário-geral da União da Europa Ocidental. Entre os seus membros contam-se Jaime Gama, presidente da Assembleia da República, Vikram Sing Mehta, presidente da Shell na Índia, Yukio Satoh, vice-presidente do Instituto Japonês de Relações Internacionais, Jean-Marie Guéhénno, director do Center of Conflict Resolution da Universidade de Columbia, Marcílio Marques Moreira, antigo Ministro das Finanças do Brasil, e Uffe Ellemann-Jensen, antigo Ministro dos Negócios Estrangeiros da Dinamarca."


in http://www.museudooriente.pt/1251/does-the-european-union-still-matter-.htm

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domingo, 22 de maio de 2011

Por que deve o FMI continuar em mãos europeias

“Dominique Strauss-Kahn está fora de jogo e, agora, está em curso uma controvérsia extremamente delicada para designar o seu sucessor na presidência do Fundo Monetário Internacional. Não porque o homem em si seja insubstituível. Apesar da qualidade incontestável dos resultados que obteve e da sua reconhecida competência para gerir o melhor possível as situações de crise, há outras pessoas igualmente qualificadas para ocupar o seu lugar.


O FMI, durante muito tempo adormecido, não voltou a ser o bombeiro do mundo apenas graças ao seu presidente. Se ficou de novo no centro do jogo, foi também devido a acontecimentos excecionais, o primeiro dos quais foi a crise financeira de 2008, a que se seguiu a crise do euro. Uma vez que esta última está ainda em incubação, não é difícil compreender a determinação dos europeus em querer a todo o custo que seja um dos seus a ocupar o cargo.


O resgate da Grécia e, de um modo mais geral, a crise da moeda única irão preencher quase a tempo inteiro os dias do futuro patrão do FMI. A assistência técnica e financeira desta instituição é indispensável para a gestão deste dossiê complexo, que ultrapassa largamente o quadro do Velho Continente. Porque, ao contrário do que afirmam perentoriamente alguns pirómanos, ninguém pode avaliar as consequências que a explosão da zona euro teria sobre o resto da economia mundial.


A situação requer um conhecimento profundo dos mecanismos comunitários e uma perfeita compreensão das especificidades políticas locais. Considerar que um europeu está em melhor posição do que um asiático ou um sul-americano para tratar de um assunto tão sensível não é ofender ninguém.


E não é trair nenhum grande segredo considerar que Christine Lagarde, que está familiarizada com o assunto e com muitos outros que envolvem o FMI, apresenta aos olhos de todos um perfil feito por medida. Depois, chegará o dia em que, como prometido, um representante de um país emergente acederá às mais altas funções.


A globalização da economia, a alteração das relações de força justificam essa passagem de testemunho, que implicará de qualquer modo que algumas grandes potências como a China deixem de agir de forma isolada e se preocupem com o resto do mundo. Mas, para já, trata-se de gerir uma situação de emergência.”

-Gaëtan de Capèle

in http://www.presseurop.eu/pt/content/article/666491-por-que-deve-o-fmi-continuar-em-maos-europeias



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sábado, 21 de maio de 2011

Em jeito de brincadeira: O que é isto de ser europeu?




NOTA: Este vídeo data de 28-2-2009. Como tal, a última parte do vídeo relativa ao concurso Europa, não é para ser tida em conta.
Quanto ao resto, cabe a cada um decidir!

Bom fim-de-semana!

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Seminário Internacional : Eurocentrism and racism beyond the positivist order: the politics of history and education





"23 a 24 de Maio de 2011, 10h00, Aud. do Centro de Informação Urbana de Lisboa, Picoas Plaza, Rua de Viriato 13


[INSCRIÇÕES GRATUITAS]

On the 23rd and 24th May, the Centre for Social Studies will hold an International Conference to present and discuss the main findings of the project ‘Race’ and Africa in Portugal: a study on history textbooks, funded by the Foundation for Science and Technology (FCT). The conference aims at constructing a historically-informed debate on Eurocentrism and racism, bringing together international scholars that work on a diversity of approaches and disciplines, namely History, Anthropology, Political Sociology, International Relations, Sociolinguistics. Focusing on the politics of history and education, the conference will move the debate beyond the positivistic framings that have been characteristic of contemporary understandings of national identity, racism and knowledge in (post-)colonial Europe."



in

http://www.ces.uc.pt/eventos/anointafrodescendentes/index.php?id=3743&id_lingua=1

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Eastern Dimension of Mobility Conference

"Dear Sir/Madam,

The European Commission and the Polish Presidency of the Council of the European Union are organising a conference on the “Eastern Dimension of Mobility” in Warsaw on 6-7 July 2011. The event is organised as a part of the Eastern Partnership and dedicated to the issue of the mobility of students, teachers, researchers, youth, sport and cultural actors.



The objective of the conference is to reinforce mobility flows in these sectors between the European Union and the Eastern Partnership countries.



We believe that the event will be an excellent opportunity to exchange views on existing mobility tools both at European and national levels, measures implemented to improve the quality of mobility, but also to discuss perspectives for the future. Moreover, the conference will contribute to further developing contacts between people, and providing a new stimulus to the activities of the Eastern Partnership with a view to increase its effectiveness and visibility. It will usefully feed into the preparation of the Eastern Partnership Summit that will take place on 29 and 30 September in Warsaw.



We look forward to your participation in our conference.

See you in Warsaw!"

in http://www.eap-mobility.pl/en

Programa: http://www.eap-mobility.pl/en/programme

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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Colóquio: "A vida académica como projecto em construção"

Data e hora: 23 de Maio, segunda-feira, das 16h às 19h
Local: Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, sala 5.2

Colóquio com o professor Manuel Sérgio, ex-aluno da FLUL no curso de Filosofia. Doutor e professor, é também autor de 37 livros e de artigos de revistas nacionais e internacionais. Actualmente, é o presidente do ISEIT (instituto piaget Almada). Este colóquio visa elucidar os alunos acerca dos desafios que se encontram durante a vida académica, mas sobretudo sobre os desafios que se encontram ao longo da vida para construir uma carreira bem sucedida.

Informação cedida por: Melissa Ferreira, via Facebook.

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Colóquio Olhares sobre os Jovens em Portugal

Apesar de ser um tema um pouco diferente do propósito do blogue, pensamos que este colóquio poderá abordar aspectos interessantes quanto à nossa condição, neste caso, de jovens estudantes universitários.
Para além disso, pensamos ser interessante abordar o papel da juventude
na sociedade e as principais medidas que podem ser direccionadas aos jovens.
Como tal, deixamos um apelo aos interessados. Participem e divulguem!






"Ser jovem é, actualmente, uma condição social cada vez mais diversa. Na família, na escola, nos espaços de lazer e de sociabilidade, nas sexualidades e afectividades, no confronto com a vida activa e na luta pela independência, o universo juvenil refracta-se numa pluralidade de experiências, culturas e percursos.

É, simultaneamente, um tempo de vida cada vez mais incerto. Num contexto global de crise económica e social, os desafios vividos pelos jovens nas suas múltiplas transições assumem contornos de acentuada vulnerabilidade junto de uns, potenciando também a criatividade nas respostas de outros.

Essas vivências nunca acontecem de forma isolada. Formal ou informalmente, as transições juvenis ocorrem em quadros de interacção com instituições e actores sociais vários, pautados por relações de cooperação e diálogo, de dissensão e conflito, ou ainda de pura indiferença e desinteresse mútuo.

Todo um espectro de atitudes informadas pelos olhares que, reciprocamente, partilham uns sobre os outros. Olhares muitas vezes orientados por pontos de vista preconcebidos e cristalizados, pouco fundamentados em conhecimento profundo e rigoroso sobre as realidades juvenis contemporâneas e os desafios que as caracterizam.

Através do colóquio Olhares sobre os jovens em Portugal: saberes, políticas, acções, o Observatório Permanente da Juventude do ICS-UL propõe-se, justamente, identificar e mobilizar diferentes olhares sobre as realidades juvenis vividas no país, visando construir pontes entre os vários actores sociais que as integram e nelas intervêm, fundamentadas em conhecimento rigoroso, profundo e actual.

Tendo como pretexto o Ano Internacional da Juventude, iniciativa declarada pelas Nações Unidas em Agosto de 2010, o colóquio Olhares sobre os jovens em Portugal: saberes, políticas, acções pretende não apenas fazer um estado da arte da produção científica nacional mais relevante sobre a juventude, mas aproveitar também esse momento internacionalmente simbólico para mapear, reflectir e debater sobre as políticas públicas mais recentes e as modalidades de intervenção social destinadas aos mais jovens e/ou empreendidas pelos próprios.

Público-alvo: Investigadores e estudantes de pós-graduação, decisores políticos, técnicos da administração, dirigentes associativos e técnicos de intervenção social. O colóquio Olhares sobre os jovens em Portugal: saberes, políticas, acções visa assim aprofundar o diálogo entre os diferentes actores que actuam nesta área, propiciando o lançamento de bases para novas parcerias de investigação, de redes de conhecimento para estudos e colaborações futuras neste domínio."
Para mais informações:

www.opj.ics.ul.pt/index.php/eventosopj/coloquiolhares

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Summer Course on European Identity and Diversity, Peniche - Portugal, 18 - 22 of July 2011

"The Summer Course on European Identity and Diversity is a one-week course aiming at the study of European Identity and Diversity issues from different scopes: culture, tourism, science, views of different countries and the view of the participants. This European Identity and Diversity summer course is designed for Teachers, PhD and Master Students, and Professionals from all over the world, namely from Europe. English will be the working language.

With the support of the Portuguese representation of the European Commission, the Summer Course on European Identity and Diversity is organised by the School of Tourism and Maritime Technology, ESTM, which is part of the IPL, Institute Polytechnic of Leiria, Portugal.

The Polytechnic Institute of Leiria is a public higher education institution, in the service of society, intending to produce and diffuse knowledge, create, transmit and diffuse culture, science, technology and arts, guided research and experimental development. It participates in society-related activities, namely the diffusion and transfer of knowledge, as well as the economic valuation of scientific knowledge.

The academic community of IPL integrates 11,500 students, 885 teachers and 314 technical and administrative staff, distributed throughout five higher education schools. The School of Tourism and Maritime Technology, located in Peniche, is one of them, with 1,300 students, 120 teachers and a beautiful oceanic landscape."

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terça-feira, 17 de maio de 2011

Conferência

Presidente do Tribunal de Contas analisa Programa da Troika para Portugal, 19 de Maio

19 de Maio, Auditório, piso 0, 18 horas, ISCSP

A aula aberta sobre o “Programa da ‘Troika’ para Portugal - Análise do Programa de Ajuda Externa acordado com a Troika (FMI, BCE e Comissão Europeia)” tem como orador principal Guilherme d’Oliveira Martins, Presidente do Tribunal de Contas.

Um dos principais temas da agenda política actual dá mote à iniciativa que tem lugar no próximo dia 19 de Maio, às 18 horas, no auditório do piso 0.

O evento conta com a organização de Ana Lúcia Romão (ISCSP) e decorre no âmbito do mestrado em Gestão e Políticas Públicas.
A entrada é livre.




Ver mais:


http://www.iscsp.utl.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=813&catid=158&Itemid=398

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segunda-feira, 16 de maio de 2011

A Europa já não ama

Editorial, Jornal de Negócios, 16/05/11
por Pedro Santos Guerreiro

Há quanto tempo não ouvimos um responsável europeu dizer que "a moeda única é um êxito óbvio"? Há 24 horas.
Achamos que há um problema sem fim na Europa mas para a Europa o problema somos nós. De resto, "é um êxito". Óbvio.

Em entrevista ao "El País", Jean-Claude Trichet assume que a União Monetária segue melhor que a Económica. O presidente do BCE acrescenta que "a situação orçamental da zona euro no seu conjunto está muito melhor que a dos EUA ou Japão. O paradoxo é que temos alguns países numa situação muito má, que exige fortes ajustes." É uma maçada haver Grécia, Portugal e Irlanda. Por isso nos chamam periféricos.

Trichet não é político, é um "técnico". Do ponto de vista técnico, a sua análise está correcta. Mas revela bem o pragmatismo de uma Europa no momento da sua crise e da vulnerabilidade dos governantes eleitos à pressão dos seus eleitores. A ideologia solidária de Jean Monnet e Robert Schuman está no retrovisor mas não se vê mais pela janela.

Ao contrário do que proclamamos, na zona euro estamos todos próximos mas não estamos todos juntos. Não estamos sequer no mesmo barco: Portugal, Grécia e Irlanda passaram para o bote que vai atado ao navio-almirante. Presumir que é "um por todos, todos por três" pode sair-nos caro se provocar mais ilusões. A Europa sempre andou a duas velocidades. Mas agora os mais velozes olham para os outros (para nós) como peso morto que lhes atrasa o passo.


Estamos mais isolados do que queremos admitir. A saída do euro seria uma catástrofe para Portugal mas estamos a usar o argumento errado para nos garantirmos: que seria uma catástrofe também para os outros. Isso pode não ser verdade. O euro é mais importante para nós do que nós somos para o euro.

O argumento de que seremos socorridos porque temos dívida colocada em bancos estrangeiros é falacioso: se alemães, franceses e espanhóis nos ajudarem com dinheiro por causa dos seus bancos, podem preferir ajudar directamente esses bancos. E o argumento de que o ideal da União seria traído, sendo verdade, é apenas uma súplica final. De um dia para o outro, outros dirão que fomos nós que traímos esses ideais ao produzirmos as nossas falências depois das suas subsidiações. É uma visão egoísta? É. Mas não deixará um grama nas suas consciências.


Trichet é o primeiro a dizer (e será o último a deixar de dizer) que a ideia de exclusão de um país do euro é absurda. Como Barroso dirá até ao fim que a reestruturação da dívida da Grécia não acontecerá. Mas ela é possível. Acontecendo, há países que podem propor a expulsão da Grécia do euro. Nessa altura, quereremos estar noutro barco - isto é, fora do bote.

A Europa sofre pressões sem precedentes de eleitores fartos de pagar impostos e passar cheques. Os gregos e, depois deles, os portugueses são vistos como problema e pode decidir fazer-se o que se faz a um braço gangrenado: cortar para salvar o resto do corpo. Em Portugal, temos achado esse cenário impossível, ou porque "isso não se faz" ou porque nos presumimos indispensáveis.

O plano da troika é, mesmo, mas mesmo, uma última oportunidade, que temos de agarrar sem submissão mas com humildade. Só nós nos salvaremos, os outros apenas nos emprestam dinheiro. É bom acabar com a ilusão de que jamais nos deixarão cair e, em vez disso, olharmos para os compromissos brutais de redução dos défices. O plano da troika é a corda que ata o bote ao navio, mas uma corda também serve para forca.

Quando se corta a cabeça à galinha, o seu corpo corre acéfalo alguns segundos - e morre. Mas a Europa tornou-se um animal de sangue frio. E nós não somos a cabeça, somos a cauda da zona euro. E sem cauda vive o lagarto, mesmo se ela treme num estertor final.

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